Um eventual rebaixamento da nota de risco de crédito dos Estados Unidos e suas graves consequências para a economia global já vinham sendo considerados pela equipe econômica do governo do Brasil nas reuniões que deram formato final às medidas cambiais e de incentivo à produção nacional tomadas nas últimas duas semanas. Ainda assim, diante da concretização da revisão negativa pela agência Standard & Poor's, na última sexta-feira, novas intervenções poderão ser feitas.
De acordo com integrantes do Ministério da Fazenda, o impasse sobre a elevação do teto da dívida norte-americana pelo Congresso, solucionado apenas no limite do prazo para se evitar um calote, reforçou a necessidade de tomada de medidas mais pesadas e amplas para defender a economia brasileira diante de um cenário internacional que remete cada vez mais à crise na qual o mundo mergulhou no fim de 2008.